segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

ESTAMIRA




Uma história comovente que fere com muitos princípios éticos e rompe com vários pensamentos hipócritas, críticos, e politicamente bem formados baseados na realidade da sociedade brasileira que é influenciada por outras culturas e posicionamentos religiosos. Certo?
Não sei... Mas sei que muitos pensam dessa forma, e diante de um filme tão polêmico, bem produzido, intrigante e que nos leva a refletir sobre inúmeras coisas, incorporo aqui apenas o papel de levantar esse questionamento e incentivar a todos aqueles que ainda não assistiram a assistir, e aqueles que já contemplaram essa obra maravilhosa a mergulhar nessa idéia magnífica de mostrar não só uma esquizofrênica no lixão, mas uma senhora com quatro filhos,alguns abusos e mágoas causadas pelo longo de sua vida!

Uma frase que construi enquanto observava cada fala de "Estamira", gestos e fotografia(perfeita), foi: "Tudo aquilo que fica, o resto, aquilo que não mais satisfaz a 'nós capitalistas e comunistas', as coisas que tanto valorizamos, serve também para outros, que são como nós, mas se satisfazem de forma diferente, com os restos deste consumo exagerado, que usufrui de tudo o que pra nós não presta e pra nada mais serve."
O QUE PARA ELES HÁ?!
O QUE EU USO E TENHO?!
FICAR SEM?!
TER?!

E o trocadiLO? O que vem a ser essa palavra tão mencionada por ela? Cada um pensa de uma forma e desenvolve em sua mente um modo diferente dela se expressar...
Será que ela se refere ao capeta? A nós? Ao poder? A própria fala? Ou será um modo de parafrasear ou descrever algo com ironia? Talvez seu sofrimento? Ou algum acontecimento?
Bom,
Podemos 'tirar' muito e refletir muito com e sobre essa mulher,e para facilitar isso, reescrevo aqui duas frases que pra mim foram chaves, pronunciadas por "Estamira":

"Eu não vivo por dinheiro, nem para o dinheiro.Eu faço o dinheiro!"
"Na escola não se aprende; se copia!"

Forte abraço; Lorena Santos de Souza.

5 comentários:

  1. Bravo, Lorena! Belo texto. (:
    Me amarro em filmes que discutem o social, que convidam o espectador a pensar e a se responder diantes das perguntas escritas no seu texto.

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  2. Bravo, Lorena[2]
    Realmente é um filme que exige a reflexão do espectador, as vezes (ou quase sempre) damos risada com algumas frases dita por ela, mas no fundo todo o que ela diz faz sentido. Até hj éssa é a primeira pessoa que vejo que não se encaixa no capítalismo e não é por pura revolta, mas por consciência.

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  3. Querida Lorena,

    Fiquei emocionada ao ler o seu post sobre Estamira. Primeiro porque foi uma iniciativa espontânea e segundo pela maestria do seu texto. Fico feliz por terem gostado do filme proposto e por terem, acima de tudo, ultrapassado as paredes da escola. Falar sobre um filme é sem dúvida, multiplicá-lo. E falar tão bem assim não é pra todo mundo!
    Parabéns, conversadeira!

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  4. Muito bom o texto Lorena. Também acho que nós vivemos uma realidade hipócrita ao qual só conseguimos exergar o que tem valor somente para nós. Nos julgamos senhores da razão e do certo sem respeitar nem se quer ouvir a opnião de um próximo independente de credo, cor ou classe social!!!

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  5. hauahuahauahauha
    Obrigada colegas e professora!Realmente esse filme é especial, e quando estou inspirada, gosto de escrever!
    forte abraço:

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